Redução nas taxas de juros incentiva compra de imóveis
Quem estiver precisando mudar rapidamente pode investir em um imóvel
próprio agora, porque as taxas de juros para financiamento imobiliário
já começaram a cair. Mas se você puder esperar um pouco, vai fazer um
negócio ainda melhor, porque essas taxas devem cair mais.
Em um estande de vendas os corretores já notaram um reflexo da queda de juros nos financiamentos.
“Hoje a gente pode dizer que a pessoa está trabalhando com 8,2%, 8,5% ou
8,7%. Antes, quando o cliente comprava, ele já comprava preparado para
uma taxa de 10,5% na média”, explica o corretor de imóveis Sandro Costa.
Os bancos públicos foram os primeiros a rever as taxas de juros para o
setor. Na Caixa Econômica Federal, a taxa caiu até 21%. Os bancos
privadas foram na carona para não perder a clientela.
Quem assinou contrato de financiamento de imóveis recentemente percebeu
essa queda. Na última quarta-feira, a Selic, que é a referência para os
juros cobrados no Brasil, foi reduzida para 8% ao ano. O mercado espera
que a diferença faça os juros do financiamento imobiliário caírem ainda
mais.
O Sindicato da Habitação acredita que essa é uma boa hora pra comprar um imóvel.
“Acreditamos que, se a Selic permanecer nessa trajetória de queda, em
algum momento do futuro, esperamos que seja próximo, ela possa de fato
produzir uma redução no crédito imobiliário. Então, quando nós chegarmos
a Selic na faixa de 7%, 6,5%, seguramente o crédito imobiliário ficará
mais barato”, explica Flávio Prando, vice-presidente de Habilitação do
Secovi de São Paulo.
Karina e o marido acabam de assinar o contrato do apartamento novo com
70 metros quadrados. Eles deram uma entrada pequena, vão pagar parcelas
até a entrega das chaves. O financiamento só começa a ser pago em
dezembro de 2014. O casal espera que os anúncios de queda de juros de
agora ajudem a reduzir as prestações no futuro.
“O apartamento é bom, o lugar é bom, e o preço também”, conta a comerciante Karina Clemente.
De acordo com o IDEC, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor,
apesar da redução nas taxas de juros, o consumidor deve ficar atento
porque o preço do imóvel continua alto.
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